A investigação desenvolvida nos últimos quatro anos em Hong Kong permitiu desenvolver o “Nucleozin”, um fármaco que ataca as proteínas nucleares do vírus, interrompendo o seu ciclo de vida e, consequentemente, a sua reprodução, o que evita a propagação para células saudáveis.
Os testes realizados a ratos de laboratório revelaram a eficácia do “Nucleozin” na prevenção do vírus H5N1 (ou gripe das aves) através da utilização de mais de 50 mil moléculas químicas diferentes em amostras do vírus.
O tratamento poderá aplicar-se a outros vírus além do H5N1, como o H1N1 (ou gripe A), HIV e SRAS, para os quais não existem ainda drogas capazes de os combater eficazmente.
Serão necessários alguns anos de testes clínicos, que implicarão custos entre os 800 e os oito mil milhões de euros, até que o fármaco possa ser comercializado, salientou Yuen Kwok-yung, investigador e responsável pelo Departamento de Microbiologia da Universidade de Hong Kong.
Este fármaco não pode ser encarado como a cura para a SIDA mas pode significar um grande avanço na pesquisa da cura para esta e outras doenças virais.
Para compreender como o vírus HIV se desenvolve no organismo humano, consulte o seguinte vídeo:
Marta Ferreira